A comunicação é essencial para o seu desenvolvimento global e harmonioso, como ser humano que é, em constante crescimento e desenvolvimento.
Uma vez que a linguagem se apresenta como principal ferramenta para o ser humano interagir com o mundo e formar vínculos, uma pequena "falha" neste processo, seja a nível da linguagem expressiva, da fala, da audição ou da qualidade/riqueza do meio, pode fazer emergir uma perturbação no acto comunicativo, originando dificuldades nos campos social e intelectual.
Assim sendo, a Dislalia é uma perturbação comum nas crianças em idade escolar, por falha, muitas vezes, na despistagem atempada e identificação de sinais de alerta que surgiram na 1ª infância.
A Dislalia é assim um distúrbio articulatório no qual persistem processos fonológicos que podem alterar a estrutura da sílaba, por omissão, substituição ou distorção de um ou vários fonemas. Tais processos fonológicos são naturais e espontâneos, ou seja, são considerados normais uma vez que tendem a desaparecer com a idade. Só é considerada a Dislalia quando estes processos se mantêm após os 4 ou 5 anos de idade - quando já deveriam ter sido superados -, quando a criança não revela qualquer tipo de desvio ou atraso de desenvolvimento a outro nível.
Ao adequar o curriculum às necessidades de uma criança dislálica, há que definir, na área da linguagem verbal, os objectivos inerentes à necessidade de favorecer o desenvolvimento da consciência fonológica e da discriminação auditiva.
In, Educadores de Infância nº20
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